sexta-feira, 18 de abril de 2008

O VENDEDOR DE ILUSÕES

Aconteceu que um dia
Bateram à porta do meu coração:
Era um senhor com poesia,
Com gentileza e sonhos nas mãos.
Ele me pegou de surpresa,
Numa clara tarde de outono;
Vendia ilusões contra a tristeza,
E ocupou logo meu coração sem dono.
Um dia conheci um senhor
Que se dizia vendedor de ilusões,
E ele me veio com uma flor,
Veio antes que eu visse, veio com milhões
De palavras que antes nunca ouvi...
Ele veio, e só depois eu percebi.
Bateu à porta do meu peito:
E eu abri e ele entrou
Como se já me conhecesse, e pelo jeito
Que ele me olhou...
Propôs de tudo para ficar
E me fazer feliz...
Eu o aceitei, lhe concedendo um lugar.
Mas quase disse “não”: foi por um triz...
Com os anos, ele ficou à vontade,
Fazendo-me novas e melhores propostas.
Morando em um quarto vizinho ao da amizade,
Esse senhor me dava respostas
Que nenhum outro saberia dar...
E hoje, eu sei que esse vendedor de ilusões
Chama-se AMOR, e ele veio para ficar
Para sempre, morando nas minhas emoções...

Nenhum comentário: