Ai, amor... perdoe a minha pobreza
e este meu coração que nada sabe
ai, amor... perdoe a minha tristeza
e o nada que sou onde nada me cabe
ai, amor... tudo aqui dentro de mim
leva teu nome, tua voz e teu gosto
ai, amor... me perdoe por eu ser assim
um poeta agoniado pelo teu rosto
ai, amor... ainda que mal me queiras
eu te quero como vida e morte
para ser as minhas cores verdadeiras
durante noites inteiras do norte
ai, amor... ainda que mal creias
cresce meu desejo por tua boca
louca de minha alma e pelas veias
navego teu cheiro e tua voz rouca
ai, amor... a força que vai
de mim até o céu por esse amor
faz o amanhecer do sol que sai
e faz o entardecer do sol a se pôr
eu não preciso ser poeta
para saber que somos um do outro
como o alvo acolhe a seta
sete desejos ao nosso encontro
ai, amor... ainda que não me fales
sei que anseias por me ver
e tu sabes que eu atravessei vales
montanhas e desertos para alcançar teu ser...
Nenhum comentário:
Postar um comentário