sábado, 19 de abril de 2008

Ai, amor...


Ai, amor... perdoe a minha pobreza

e este meu coração que nada sabe

ai, amor... perdoe a minha tristeza

e o nada que sou onde nada me cabe

ai, amor... tudo aqui dentro de mim

leva teu nome, tua voz e teu gosto

ai, amor... me perdoe por eu ser assim

um poeta agoniado pelo teu rosto

ai, amor... ainda que mal me queiras

eu te quero como vida e morte

para ser as minhas cores verdadeiras

durante noites inteiras do norte

ai, amor... ainda que mal creias

cresce meu desejo por tua boca

louca de minha alma e pelas veias

navego teu cheiro e tua voz rouca

ai, amor... a força que vai

de mim até o céu por esse amor

faz o amanhecer do sol que sai

e faz o entardecer do sol a se pôr

eu não preciso ser poeta

para saber que somos um do outro

como o alvo acolhe a seta

sete desejos ao nosso encontro

ai, amor... ainda que não me fales

sei que anseias por me ver

e tu sabes que eu atravessei vales

montanhas e desertos para alcançar teu ser...

Nenhum comentário: